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Novidade

Por Edivan Leal e Rubson Caetano - Portal Busologia Natalense


São muitos os pontos negativos e positivos para um reordenamento e reorganização do sistema de transportes, porém em uma cidade como Natal, onde o caos não existe somente no transporte, deve se pensar e repensar por onde começa e dá início por cobranças simples, dessa forma atraindo a participação das concessionárias responsaveis pelo sistema hoje.

REDUÇÃO EM NÚMEROS DE LINHAS, BALDEAÇÕES, SERIA UMA DAS SOLUÇÕES?

Com a reestruturação do sistema, em foco com as linhas, se dar pela diminuição das mesmas para o determinado lugar. Em Natal, a operação nesse quesito, oferece veículos saindo de bairros com sentido á Zona Sul e outras seguindo ao Centro (Cidade Alta, Petrópolis, Ribeira), os que cruzam esses dois sentidos e os conhecidos circulares ou alimentadores.

Especialistas em mobilidade entendem que tal destino se dar pelo ponto de retorno, porém em nossa cidade não funciona de tal forma. Cada Bairro tem sua demanda de ida e de volta, imagina a demanda de duas linhas seguindo para o mesmo lugar e necessitando de baldeação em algum ponto. A Linha 77 (Parque dos Coqueiros/ Mirassol)  com ponto de retorno no conjunto Mirassol, voltando em horário de pico, tende a ter a praticamente lotação máxima. Outro exemplo é a 10/29 (Nova Natal/ Nova Descoberta), voltando do seu ponto de retorno se tem uma lotação pior, pois além de atender a área dentre os shoppings da área de Mirassol/Bairro Latino, existe abrangência do Campus da UFRN e o bairro de Nova Descoberta.

Então imaginemos a fusão dentre as linhas 10/29 e 77 com toda essa demanda saindo de Mirassol até a Zona Norte, onde lá os usuários necessitariam de uma baldeação para seus determinados bairros. Imaginem os transtornos de forma catastrófica para a população que já sente na pele a dificuldade e deficiência escancarada, para poder se deslocar de casa para o trabalho, ou para a escola ou qualquer outro afazer.

A TECNOLOGIA A FAVOR DO NOSSO TEMPO, SERÁ PLAUSÍVEL?



Não é de hoje que os grandes centros pedem ajuda a tecnologia, pra informatizar o sistema. a um certo tempo Natal recebeu esse auxílio tão valioso. Começara em primórdios de 2005, com a criação da NatalCard e a sistemática bilhetagem eletrônica, anos depois o monitoramento por câmeras que começara pelas empresas Cidade das Dunas e Conceição, assim sucessivamente as outras empresas aderiram; logo após o posicionamento global (GPS) e a informatização de linhas e paradas em tempo real, e mais porém não menos importante, a previsão de ônibus, que em meados de 2013 pra 2014 começara a ficar em bastante ênfase com a chegada do CittaMobi.

Hoje na capital potiguar, os aplicativos de previsão de ônibus vem sendo febre do momento e mesmo assim não consegue atrair a fidelidade de muitos passageiros. Recente foi apresentado o aplicativo da STTU (Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal), desenvolvido pela Conciso TI, o aplicativo com ampla informações vem sendo atualizado sempre e tentando oferecer o melhor aos usuários, porém tecnologia não seria a solução para o caos noa transportes, tendo em vista que investir nesse quesito já é de grande importância para o sistema.

ÔNIBUS PISO BAIXO, AR - CONDICIONADO E MOTOR TRASEIRO?

Salientando que não seria uma má ideia, Natal necessita e muito de carros desse porte, lembrando que vários quesitos fazem com que empresas não invistam principalmente em Piso Baixo. Temos como exemplo a Licitação do Transporte Público, que tantos pontos de "cidade de primeiro mundo" para uma péssima malha viária, e um plano de mobilidade em lentidão, fez com que o resultado fosse deserto. Tantos anos se arrastando, a mesma não depende totalmente da STTU, mas também da Câmara apresentando as emendas.

Dessa Forma entendemos que a falta de corredores exclusivos de  ônibus em toda a cidade, abrigos decentes, estrutura de ruas em Natal e acesso a determinados bairros, faz com que nenhuma empresa de fora se interesse em executar seus serviços em nossa cidade, já que as de "casa" não demonstra interesse.

A ATUALIDADE DO SISTEMA


Em um período onde a crise prevalece no setor, as empresas do Ramo admitem não renovar suas frotas pelo prejuízo que vem acumulando ao longo do mês na Capital, mais será essa mesmo a Desculpa? Ou porque será que grupos de outros estados administram as empresas em Natal, e conseguem renovar em suas cidades origem, e quando aqui e o mesmo problema corriqueiro de que a tarifa não coincide com a aquisição de veículos novos (no estado de 0KM), mais por mais que esteja em crise, abria uma carta de crédito ao invés de trazer usados e re-usados.

A População, tem que cobrar sim, mas começando a cobrança pela prefeitura e órgãos responsáveis que permitem a desorganização que acontece hoje no sistema de Transporte Potiguar. E se o Caos no Transportes vem se dando por "N" motivos, vem sendo pela permissão da maneira de atuação das empresas aqui em Natal.

E ENTÃO, POR ONDE COMEÇAR A REESTRUTURAÇÃO?

Como citado um pouco mais acima, grupos de outros estados que operam em Natal conseguem renovar com todo vapor nas suas terras e muitos sim, sem a ajuda da prefeitura.

Então que as mudanças comece. pelas coisas simples, cobrando renovação com ônibus 0KM, sendo eles Midiônibus, Convencionais, Trucados ou Articulados e dessa maneira oferecendo conforto e qualidade aos usuários que dependem totalmente do sistema.

A Exemplo de João Pessoa, à Capital Paraíbana vem oferecendo aos usuários um transporte simples porém com uma qualidade superior ao de Natal, com uma frota de idade media de 4 anos com todas as bases operacionais vigentes pelos órgãos públicos. Em Natal nesse quesito poucas empresas prestam um serviço de qualidade, em exemplo a menor empresa do sistema, a Transportes Cidade do Natal que hoje tem a frota mais nova e conservada da capital, assim prestando um bom serviço de qualidade a população, mais claro assim como todas as demais ela também trás veículos semi-novos pra o melhoramento da frota. São Perguntas que basicamente não necessita de resposta e sim apresentadas e cobradas soluções para elas.

Natal não precisa ser referência de transporte no Nordeste, precisa sim ser referência e ter respeito aos seus usuários, pois eles que geram o sistema, que geram a receita, que fazem essa manivela girar pra que todas as engrenagens funcionem plenamente.


Nesta matéria em formato de Editorial, o Portal Busologia Natalense declara de forma ampla e clara a população dos atuais debates sobre o sistema de transportes em Natal. Temos aqui o intuito de informar a população a real situação, mostrar os problemas, e também citar algumas possíveis soluções.

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