Fonte: Revista AutoBus
O ônibus é o principal meio de
transporte de massa nas áreas urbanas brasileiras e mesmo assim vem sofrendo,
ano a ano, queda no volume de passageiros transportados.
A Associação Nacional
das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), registrou uma redução média
acentuada de 9% no número de passageiros transportados por mês em 2015, se
comparado a 2014. Levantamento feito nas principais capitais brasileiras (Belo
Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,
Salvador e São Paulo), mostra que o modal transportava, em 2014, 382,3 milhões
de passageiros/mês, com queda de 2%, na comparação com 2013. Otávio Cunha,
presidente da NTU, revelou que houve aumento da oferta de serviços, com
investimentos em novas tecnologias e mesmo assim, não conseguiu-se atrair mais
passageiros.
O executivo destacou que a
ausência de políticas públicas que tirem da tarifa o ônus de absorver os
principais custos do sistema é o grande vilão desse ciclo vicioso em que o
setor vive há mais de 20 anos. “Com essa prática, o maior prejudicado continua
sendo o passageiro. E como não há outra fonte de recursos para subvencionar o
transporte público, os aumentos tarifários pesam no bolso e mesmo assim são
insuficientes para melhorar a qualidade do serviço ofertado”, afirmou.
Cunha também observou que, além
do cenário de incertezas na economia do país, que contribuem substancialmente
para essa situação, outro fator que agrava ainda mais esse quadro, são os casos
de ônibus incendiados, causando grandes prejuízos ao sistema. “Em 2016, as
despesas suplementares com esse tipo de vandalismo já ultrapassam R$ 93,6
milhões. Desde 2004 até hoje, o montante em prejuízo já soma mais de R$ 1
bilhão”, disse ele, citando dados recentes do Dossiê sobre ônibus incendiados,
produzido pelo NTU.
Imagem – Revista
AutoBus