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Marcelo Passos, da empresa Conceição, não entende a omissão dos dirigentes do Seturn: “a direção da entidade não saí da moita para se posicionar sobre a crise”

Marcelo Passos (Proprietário da Nossa Senhora da Conceição) - Foto: José Aldeir

As medidas propostas do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Natal (Seturn) de reequilíbrio financeiro do setor, como a suspensão das atividades dos ônibus aos domingos, isso caso a tarifa do serviço não seja reajustada pelo Município, foram criticadas pelo empresário Marcelo Passos, proprietário da companhia Nossa Senhora da Conceição.

Segundo Marcelo Passos, que é um dos fundadores do Seturn, a entidade não conseguindo dar a dimensão certa à crise financeira das empresas de transporte. “Esta crise não deve ser relacionada apenas ao aumento da tarifa, mas com a perda de competitividade de todo o setor. É preciso melhorar o sistema como um todo”, detalha.

O sindicato das empresas enviou uma série solicitações ao Município relacionadas ao reequilíbrio financeiro e corte de gastos das empresas. Segundo a entidade, as medidas serviriam de compensação à demora da Secretaria Municipal de Mobilidade (STTU) em aprovar o reajuste das tarifas de ônibus. O Seturn pede alta de 9,25% na tarifa. Com a solicitação, a passagem poderia subir dos atuais R$ 3,35 para R$ 3,66

Ele explica, por exemplo, que as empresas de ônibus aceitam com passividade o avanço de novas plataformas de mobilidade urbana, como os serviços de aplicativos de transporte de passageiros (Uber, 99POP, entre outros). “Estes aplicativos não têm regulamentação municipal. Não há tarifa de meia entrada, como é o caso de estudantes, ou da gratuidade, quando o usuário tem mais de 65 anos. Nós somos os responsáveis por estes dois públicos, e isso não é discutido. É preciso, antes de tudo, garantir a competitividade das empresas”, reforça Marcelo Passos.

O empresário também aponta para falhas nas estratégias de comunicação do Seturn. “O Sindicato comete um erro ao não detalhar melhor a atual crise financeira. Não está sendo capaz de mostrar o tamanho do problema. O presidente [do Seturn] Agnelo Cândido precisa mostrar a cara, sair da moita, como apontou o empresário Flávio Rocha (do Grupo Riachuelo), com posições mais firmes dos empresários”, critica.

Ainda de acordo com Marcelo Passos, o Seturn também erra ao divulgar “ameaças” ao sistema de transporte público, como a suspensão das atividades aos domingos, que foi sugerida esta semana pela entidade. “Não adianta ameaçar, pois o sistema é inviável. Não estão dizendo a verdade.  A minha luta não é pelo aumento da tarifa, mas por um ambiente de melhores condições. As empresas estão perdendo R$ 30 milhões por mês. É preciso de um choque de gestão”, finaliza.

Medidas de reequilíbrio propostas pelo Seturn:

  • Encerramento do serviço de transporte noturno, reduzindo a oferta dos serviços de transporte público regular municipal das 06h às 22h;
  • Funcionamento exclusivo do sistema de transporte complementar (alternativo) nos domingos e feriados, em função do seu menor custo operacional;
  • Cobrança de complementação tarifaria para a utilização da integração temporal cm pelo menos 50% (cinquenta por cento) do valor da tarifa exigível do usuário;
  • Desoneração tributária do setor de transportes com isenção total do ISS e ICMS incidente sobre o óleo diesel consumido pelas empresas do setor.


Fonte: Agora RN

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