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Novidade

Mesmo ainda não homologado para vendas o chassis já é requisitado por empresas de todos os cantos do país

Por Diário do Transporte

A Volkswagen Caminhões e Ônibus informou que 25 empresas operadoras em oito cidades já iniciaram as tratativas para a compra do ônibus de 15 metros com duplo eixo na frente.

O gerente nacional de vendas de ônibus da companhia, Jorge Carrer, disse em entrevista que a produção em série começa já no início de 2020.

Segundo Carrer, por questão de relacionamento com o cliente, não é possível revelar ainda as empresas, mas adiantou que as operadoras atuam em cidades de médio e grande porte. A empresa detalhou em sua fábrica, em Resende, no Rio de Janeiro, o modelo 22.280 ODS.

Trata-se de um ônibus de 15 metros para transporte urbano e metropolitano que, segundo a montadora, pode transportar em torno de 115 passageiros, dependendo da configuração interna.

O veículo tem suspensão pneumática para ampliar o conforto e segurança.

O motor é MAN D08 de 277 cavalos e a transmissão é ZF de seis marchas.

Segundo ainda a empresa, o modelo traz vantagens em relação aos articulados com capacidade de transporte um pouco menor.

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Na apresentação em Resende, o gerente executivo de vendas de ônibus, Jorge Carrer, disse que o cenário para 2020 é promissor.

Será uma continuidade dos resultados positivos de 2019 alavancado por fatores que devem contribuir ainda mais para o crescimento.

Segundo a apresentação, com base nos dados da ANFAVEA  – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, enquanto o mercado de ônibus no Brasil cresceu em torno de 40%, na Volkswagen o aumento foi de 74% entre janeiro e novembro com 5.087 unidades vendidas.

A participação no mercado que no auge da crise econômica, em 2016, foi de 16,1%, neste ano de 2019, até novembro, está 26,8%, número bem próximo ao período anterior à crise, quando em 2012, a participação foi de 27,9%.

Além de fatores macroeconômicos, como estimativa de crescimento do PIB e o avanço das reformas, Jorge Carrer destacou cenários conjunturais diretos.

Entre os exemplos estão a maior facilidade de crédito já que, segundo Carrer os bancos estão mais dispostos a financiar; além da necessidade de renovação pelo envelhecimento da frota, processos que foram postergados, e pela definição das licitações de grandes e médias cidades.

A cidade de São Paulo é um dos destaques, com modelos como o traseiro 18.280 OTS piso baixo, com 200 unidades.

Leia a entrevista com Jorge Carrer, Gerente Executivo de Vendas de Ônibus da Volkswagen Caminhões e Ônibus:

Pergunta: Ainda nem está sendo vendido, mas o ônibus de 15 metros já é um sucesso para a marca?

Jorge Carrer: Sim, e mais até do que a gente podia imaginar. Desde que a gente mostrou pela primeira vez o ônibus em Brasília, no evento da NTU, os clientes acho que entenderam com muita facilidade qual é o conceito do carro e como ele se adequa às necessidades dele hoje para o transporte público. Então, de forma muito concreta, a gente tem hoje por volta de 25 clientes de 8 cidades de grande e médio porte do Brasil, 8 localidades diferentes, que demonstraram um interesse real em adquirir o veículo assim que ele for lançado no mercado.

Pergunta: Quais são as características desse ônibus?

Jorge Carrer: Ele é um ônibus de 15 metros, motor dianteiro, com terceiro eixo direcional na frente – que é uma característica bastante peculiar dele –, um motor MAN 6 cilindros, suspensão pneumática, e um carro super adequado para as rotas ou linhas que necessitam de uma capacidade maior de transporte, mas que não comportam hoje um veículo de um porte maior, ou com um custo de aquisição e operacional maior, como um articulado convencional, por exemplo. Então essa era a nossa ideia inicial e parece que ela foi muito bem entendida pelos operadores. É um carro que tem uma capacidade um pouco maior de carga, ao mesmo tempo que ele não carrega todos os custos operacionais e de investimento que um carro grande, articulado ou de motor traseiro acabam trazendo também.

Pergunta: Por uma questão ética não vamos citar quais são as cidades, mas de uma maneira geral, tem um padrãoque essas empresas mostraram interesse?

Jorge Carrer: De fato são ou algumas capitais, ou cidades de grande porte do país, que muito em breve vão precisar renovar ou comprar veículos maiores. Renovar por exemplo veículos articulados e estão vendo no  metros uma alternativa econômica bastante viável. Então nós estamos estudando essa possibilidade, e estamos discutindo com seus órgãos gestores e com o sistema de transporte a viabilidade de se colocar um veículo alternativo, digamos assim. Mas o que eu acho que faz muito sentido, e não vai ter nenhum tipo de resistência, porque de fato essas cidades hoje têm veículos de grande porte, que passam a maior parte do tempo rodando vazios. Então você tem um carro muito adequado para os horários de pico, em que nos entre-picos acaba não carregando todo um custo, um peso morto. Então são cidades com esse característica, que hoje têm veículos de grande porte, mas que momento de renovação enxergam no 15 metros uma alternativa razoável.

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