Fonte: Blog Ponto de Ônibus
Exportações
determinaram melhoria do desempenho com receita que cresceu 78,4% segundo
trimestre
A encarroçadora de ônibus
Marcopolo começa a mostrar reação no mercado de ônibus, mesmo ainda com a crise
econômica brasileira.
De acordo com balanço da
empresa divulgado à imprensa, no segundo trimestre deste ano em relação ao
mesmo período de 2015, a empresa registrou “crescimento de 16,7% no lucro
líquido (R$ 43,3 milhões contra R$ 37,1 milhões). Mesmo assim, no semestre, a
empresa teve recuo de 27% no lucro líquido (R$ 52 milhões, contra R$ 71,2
milhões)”, segundo nota da fabricante.
Na mesma nota, a Marcopolo
atribui o melhor desempenho às exportações.
A receita com as exportações,
ainda de acordo com a companhia, cresceu 78,4% no segundo trimestre. O
desempenho fez com que a empresa revisse a meta de crescimento da receita em
dólar de exportações de carrocerias que antes era de 30% e foi 50% em relação a
2015.
“Os resultados atingidos no
segundo trimestre deste ano também são reflexo das ações adotadas pela empresa
para aumento da eficiência, redução de custos e ampliação do portfólio de
clientes. O destaque é o projeto Conquest, que busca o aumento das exportações
por intermédio do fortalecimento da atuação nos mercados tradicionais da
América Latina e também da cobertura de novos mercados e clientes no exterior.
O crescimento da receita das
exportações a partir do Brasil permitiu à empresa revisar a meta interna de
crescimento da receita em dólar de exportações de carrocerias, que passou de
30,0% para 50,0% em relação a 2015. Além do projeto Conquest, outras ações para
a melhora operacional seguem em andamento, com foco no encurtamento dos tempos
de ciclo de produção, aumento da eficiência, otimização das unidades fabris, além
da redução de despesas e custos indiretos.” – explica a empresa
A receita total da Marcopolo
(entre exportações e mercado interno) no primeiro bimestre de 2016 teve recuo
de 18,9%, alcançando R$1,048 bilhão. No mesmo período de 2015, a receita foi de
R$ 1,293 bilhão.
Na nota, a Marcopolo ainda
explica que o mercado interno ainda preocupa.
No mercado brasileiro,
entretanto, a demanda segue abaixo do nível normal, com retração de 41,9% nos
negócios em relação ao primeiro semestre de 2015. A Marcopolo produziu 2.757
unidades contra 4.966 no mesmo período de 2015. O segmento de rodoviários segue
sem perspectiva imediata de retomada. Já no segmento de urbanos, a proximidade
com as eleições municipais, os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, as licitações
em andamento e repasses pontuais de tarifas em algumas cidades do país,
impulsionaram a demanda no segundo trimestre. No entanto, a pressão de custos e
a concorrência por preço estão afetando a rentabilidade nesse segmento.
Com relação aos resultados alcançados
nas empresas controladas no exterior, a Marcopolo registrou queda de 8,6% nas
receitas dessas operações no primeiro semestre do ano. Foram produzidas 704
unidades contra 1.201 no primeiro semestre de 2015.
Adamo Bazani, jornalista especializado em
transportes