Combustível
celulósico foi usado em carros, mas pode também ser avaliado em ônibus
A Mercedes-Benz classificou nesta semana como
satisfatórios os resultados dos testes ocorridos por um ano na Alemanha, do
etanol celulósico Sunliquid 20.
O combustível é obtido por meio do processamento de
resíduos agrícolas, como palha de cereais ou de milho. Os testes ocorreram em parceria com Clariant
e a Haltermann Carless, do Grupo HCS.
O material básico foi fabricado pela Clariant, na
planta em Straubing, no centro-oeste alemão.
Foram utilizadas 4,5 mil toneladas por ano de
resíduos agrícolas. A mistura de 20% desse produto a componentes químicos
ocorreu Haltermann Carless, em Hamburgo, gerando o combustível de composto E20.
Segundo a Mercedes, as propriedades de combustão
foram boas, com grau de eficiência semelhante ao padrão E10. Por causa da
densidade inferior do E20, em comparação com o E10, a estimativa era de um
consumo mais alto nas mesmas condições operacionais.No entanto, os testes em
laboratório demonstraram que o gasto a mais foi de até 3%.
Segundo ainda os responsáveis pelo projeto, o E20
pode proporcionar redução de até 50% nas emissões de materiais particulados e
de até 95% dos gases de efeito estufa ao longo de toda a cadeia produtiva.
As fabricantes ainda dizem que E20 dá ao
combustível um número de octanas maior, acima de 100, assim, além de melhorar a
qualidade do ar, o material pode aumentar a eficiência dos motores, reduzindo
ainda mais o consumo e as emissões. Os testes foram em carros e agora podem ser
em ônibus.
Por
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes