Fonte: Revista Auto Ônibus
É o que diz o engenheiro civil
Luis Antonio Lindau, diretor-presidente da Embarq Brasil, sobre bons projetos
que objetivam um transporte sustentável no mundo inteiro. Segundo o
especialista, há no mercado algo em torno de US$ 100 trilhões, recursos que
podem, dentre outras finalidades, financiar tais projetos com a finalidade de
redução das causas da mudança climática.
Mas, se o cenário mundial favorece o
investimento em energias alternativas, obras de mobilidade e troca de
paradigmas que visam as baixas emissões poluentes, cá, deste lado do Atlântico,
não se mostra bem receptivo por ideias inovadoras quanto a transformar como os
cidadãos brasileiros se locomovem nas áreas urbanas.
Se o dinheiro sobra no resto do
mundo, aqui, mesmo antes da economia se degringolar, o interesse pelo assunto
nunca foi muito atrativo para a gestão dos municípios e estados, os verdadeiros
agentes a desenvolver suas estruturas. Como disse o engenheiro Lindau em seu
artigo publicado na revista NTUurbano, cidades mais preparadas em suas
governanças estão em vantagens em um mercado altamente competitivo.
A incapacidade técnica e a
carência por mecanismos que permitam captar recursos externos para uma nova
realidade no transporte público, aspectos permeados por poderes públicos
municipais que não prezam por conceitos inovadores, dão o tom na lógica dos
sistemas. Além disso, é essencial a sociedade rever sua postura para poder
apoiar projetos que viabilizarão seus deslocamentos e promoverão uma cidade
melhor, mais inteligente. É um processo complexo, mas sem atitudes para uma
renovação de paradigmas não chegaremos a lugar nenhum.
E os benefícios, pós
transformações, como todos sabem, recairão sobre a saúde pública, ao meio
ambiente, às pessoas e ao setor fabricante de veículos e equipamentos, com a
aplicação de tecnologias alternativas, induzindo a modernidade. O ônibus, como
principal meio de transporte massivo no País, é a oportunidade concreta de
quanto pode ser útil por uma decisão relacionada à economia verde, por meio de
suas propulsões alternativas.
A iniciativa depende de nós.
Quando começaremos a mudar?